Coletivo Apresenta

A agilidade como aliada do processo de inovação nas organizações

com Marina Cavalieri, Diretora de Produto da Falconi

Em um mundo onde os consumidores se tornam cada dia mais velozes, tecnológicos e modernos, trabalhar pontos como a agilidade e a capacidade de inovação nas organizações se tornou ainda mais urgente e fundamental. Em bate-papo exclusivo com o Coletivo, a Diretora de Produto da Falconi e especialista em métodos ágeis, inovação e criatividade, Marina Cavalieri, fala sobre a importância da aplicação de Business Agility para um crescimento sustentável das empresas ao longo dos próximos anos.

Segundo ela, “as empresas precisam acompanhar o que há de novo e conseguir mudar na mesma velocidade do mercado. Grande parte das empresas tradicionais foram organizadas com estruturas e processos que buscam evitar riscos, ou seja, manter o que funciona bem. Só que, em um mundo em mudança, isso pode ser perigoso. A empresa precisa ser flexível para não perder o que faz bem, e ainda conseguir se transformar diante das novidades que estão chegando. É inovar para sobreviver, se manter relevante e seguir gerando valor para o seu cliente”.  

Para as organizações que ainda não aplicam métodos ágeis em seu dia a dia, a dica da Marina é começar aos poucos, com pequenos passos. “Um erro comum é elaborar um plano robusto e completo para se tornar ágil - o que por si só já é o contrário de ágil. É preciso começar pequeno e abrir caminho à medida que se passa pelo processo”. Para isso, a sugestão é trabalhar em dois tipos de movimentos internos: um guiado pela liderança que reverbera para os times, e o outro aplicando a agilidade em poucas equipes para servir de incentivo para as demais.

“A liderança tem papel essencial nesse tipo de transformação, ao se posicionar de forma aberta, ressignificar verdades já estabelecidas e aprender novas formas de trabalhar. Além disso, é preciso criar um ambiente de experimentação e aprendizado, que encoraje os times a se verem como protagonistas da transformação”, diz Marina.  

Quando o assunto é inovação e criatividade, os maiores casos de sucesso, de acordo com Marina, são de empresas que comunicam de forma clara suas ambições digitais e visão de futuro, dando liberdade e as ferramentas necessárias para que os colaboradores entendam que podem fazer a diferença, colaborar e cocriar. 

Já para os profissionais que estão em busca de desenvolver suas habilidades criativas na solução de problemas do dia a dia, ela observa que “desenvolver competências tecnológicas não é suficiente para gerar inovação. É preciso saber utilizar o conhecimento e as habilidades, na prática, para gerar valor e criar oportunidades”. Para se tornar rotina, é preciso que a inovação se torne hábito, não exceção. Por fim, as três dicas que Marina considera essenciais nesse processo são:

  1. Tempo para pensar: dar liberdade para que as pessoas explorem ideias no trabalho, deixando claro que inovação é o foco, e não distração. É preciso ter uma agenda fixa, um momento de respiro das entregas do dia a dia para pensar em algo novo.

  2. Conhecimento coletivo: as melhores soluções são alcançadas quando as habilidades do time se combinam. Por isso, criar espaço para a equipe explorar problemas, gerar ideias, trocar e colaborar entre si, é essencial.

  3. Espaço seguro para o erro: quebrar a ideia de que uma sugestão errada vai impactar negativamente a carreira de um funcionário. Encorajar a curiosidade e a experimentação, substituindo o comportamento automático por novos padrões e ajudando a inovação a se tornar parte do trabalho de todos.

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